quinta-feira, 31 de março de 2016

O que aprendemos com a perseguição religiosa?

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A perspectiva que um cristão da igreja livre tem sobre a perseguição religiosa é bem diferente daquela que a Igreja Perseguida vive. É como a teoria e a prática, é difícil compreender uma teoria sem antes vivenciá-la. É comum imaginar que uma igreja ao ser atacada terá seus membros espalhados e amedrontados. Mas, de acordo com as notícias vindas dos países perseguidos, quando alguns cristãos são mortos, os demais se unem e ganham forças. Quando as igrejas são queimadas, destruídas ou bombardeadas, os cristãos montam tendas e realizam cultos.
"Morávamos perto dos rebeldes, em Alepo e, diariamente, os ouvíamos gritando ‘Allahu Akbar’ e em seguida atacavam nossa cidade, mas eu sentia paz apesar da guerra. Deus sempre nos protegeu, eu sei disso. E quando sinto medo, eu leio Salmos 91, por isso tenho coragem de permanecer aqui, mesmo num ambiente tão hostil. Os poucos cristãos sírios precisam de mim nesse momento", disse um líder cristão da Síria, o 5º país da Classificação da Perseguição Religiosa de 2016. "Se Deus é por nós, quem será contra nós? Por que nós, cristãos, temos que ir embora? Você pode imaginar o Oriente Médio sem nenhum cristão? Este é o lugar onde o cristianismo começou, vamos ficar aqui, não para nos vingar, mas para pagar o mal com o bem. A nossa mensagem é de amor, estamos aqui para amar essas pessoas", disse um líder cristão líbio.
"A situação está um caos, corremos riscos enormes, mas Deus está no controle da situação aqui na Líbia. Tudo o que está acontecendo é bíblico. Nós estamos bem, apesar de tudo, porque o Senhor dos Exércitos está conosco", disse outro cristão líbio. "Aqui no Líbano, as coisas também não são fáceis, mas o número de cristãos está crescendo como nunca cresceu antes. Nas igrejas há muitos refugiados sírios, todos ex-muçulmanos. Os extremistas querem amedronta-los mostrando os vídeos de execuções de cristãos, e durante o filme as imagens param e um verso do alcorão aparece, justificando aqueles atos cruéis e desumanos. Eles pensam ser uma boa estratégia, mas os muçulmanos vêm aquilo e pensam: ‘isto é minha fé?’. E em vez de desistir do cristianismo, eles se agarram como a única opção. Claro, Cristo é o nosso único caminho", disse um líder cristão.

De acordo com os relatórios da Portas Abertas, os líderes cristãos afirmam que se tornaram verdadeiros sacerdotes novamente. "Na Síria e no Iraque, aprendemos a cuidar das ‘ovelhas’, vamos a suas casas, oramos, estendemos as mãos nos momentos mais difíceis. Há esquema de distribuição de alimentos e cuidados especiais, além de ensino bíblico. Os cultos não são mais aqueles monólogos, nós pregamos de uma forma diferente, com mais vida, mais alegria e convicção. Não ficamos só na igreja, vamos para as comunidades. A igreja foi forçada a ser melhor, aqui não existem denominações e placas, existe uma união de todos os cristãos. A igreja está crescendo em oculto no meio dessa guerra, mas só saberemos dos números quando tudo isto acabar", finaliza um dos líderes cristãos atuantes na Síria. Ore pelos cristãos perseguidos. Portas Aberta

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