Nesta terça-feira (11) um grupo de parlamentares protocolou uma
representação contra a apresentadora Rachel Sheherazade na Procuradoria
Geral da República.
Os deputados que assinaram a representação contra jornalista do “SBT
Brasil” são: Ivan Valente (PSOL-SP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Jean
Wyllys (PSOL-RJ), Érika Kokay (PT- DF), Renato Simões (PT-SP) e o
senador Randolfe Rodrigues (PSOL- AP).
Ao comentar o caso do adolescente que foi espancado e preso nu pelo
pescoço a um poste no Rio de Janeiro, Sheherazede disse que entendia a
sede de justiça da população que se tornou refém do crime e da
ineficácia do governo em garantir segurança.
A jornalista também comentou que adolescente tinha ficha criminal e
que resolveu fugir do hospital, no lugar de prestar queixa contra seus
agressores.
“O marginalzinho amarrado ao poste era tão inocente que, ao invés de
prestar queixa contra seus agressores, preferiu fugir antes que ele
mesmo acabasse preso. É que a ficha do sujeito está mais suja do que pau
de galinheiro”, disse ela.
Não é a primeira vez que Rachel Sheherazade vira alvo de críticas por
conta de seus comentários. Dona de uma opinião forte, que a fez se
destacar na imprensa, a jornalista é considerada “conservadora” e se
tornou inimiga dos mais liberais.
Em um artigo escrito para o jornal Folha de São Paulo, Sheherazade
explicou seu ponto de vista e mostrou que sua fala não aprovou a atitude
do grupo de justiceiros. “Em meu espaço de opinião no jornal ‘SBT
Brasil’, afirmei compreender (e não aceitar, que fique bem claro!) a
atitude desesperada dos justiceiros do Rio”, escreveu.
A apresentadora do SBT cita a vulnerabilidade dos cidadãos
brasileiros diante da violência em uma país que tem dinheiro para
emprestar para Cuba e para financiar uma Copa do Mundo, mas não tem
dinheiro para investir em educação, saúde e em segurança. “Nos últimos
anos disparou o número de homicídios, roubos, sequestros, estupros…
Estamos entre os 20 países mais violentos do planeta. E, apesar das
estatísticas, em matéria de ações de segurança pública, estamos
praticamente inertes e, pior: na contramão do bom senso!”
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