A indústria do entretenimento gospel movimenta bilhões de reais todos
os anos com a venda de CDs e DVDs e também a produção de eventos. Essa
relação entre o Evangelho e entretenimento gera um grande debate, pois
há quem considere tais eventos como um culto de louvor enquanto outros
enxergam apenas como um entretenimento.
Em seu blog
o pastor Ciro Zibordi já discutiu o tema. Para ele o show gospel é a
prova de que a Igreja brasileira está se distanciando do culto ao
Senhor. “Tenho certeza absoluta, à luz da Palavra de Deus, de que show
não é culto, e de que culto não é show”, escreveu.
Zibordi lembra que em um show evangélico há todos os elementos de um
show “do mundo”, iluminação, performance do artista e etc. “Todo show é
mundano, por definição, mesmo quando os seus participantes são
evangélicos”.
O bispo Walter MCalister tem a mesma opinião: show gospel não é
louvor. “Se estamos fazendo um show, é um show. É uma apresentação de
música que tem a mesma dinâmica de qualquer outro tipo de show”, disse ele em um vídeo postado no seu canal do Youtube.
Sua visão está baseada nos mesmos elementos que Ciro Zibordi
apresenta que são os elementos do show onde além da parte estrutural do
evento, também há uma preocupação com a imagem do artista que é
ovacionado pelos participantes e ainda distribui autógrafos.
McAlister afirma que o show gospel só é uma forma legítima de
entretenimento se a pessoa souber que está indo para um show e não para
um local de adoração.
“É legítimo desde que você entenda que você está indo pro show, que
você não está louvando a Deus, que Deus não está sendo exaltado nessa
situação, que isso se trata puramente de um evento que agrada muito a
carne, agrada muito as emoções, a alma, que você não está sendo
edificado e que você não está sendo inspirado no sentido real da
palavra.”
O pastor Silvio Hirota também já usou seu blog
para comentar o assunto. Ele expõe não apenas o fanatismo do público
para com os artistas evangélicos, como também lembra que muitos desses
cantores cobram cachês excessivos para se apresentarem.
“Os cachês de alguns desses irmãos cantores são excessivamente
elevados, e muitos não cantam, se não houver o tal cachê; aliás, só
cantam se receberem o cachê antecipadamente, além da exigência de um
auditório bastante expressivo!”
Além dos cantores, há outras pessoas interessadas nesses eventos,
como Hirota afirma no texto. “Para muitos empresários do ramo, esses
cantores são ‘máquinas de fazer dinheiro’, e os evangélicos de um modo
geral, nada mais são do que potenciais consumidores.” Gospel Prime
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
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