Segunda - Êx 6.20
A família de Moisés
Terça - Dt 33.1-29
A última bênção de um líder
Quarta - Lc 24.27,44,45
Moisés, profeta messiânico
Quinta - At 3.22,23
Moisés, tipo de Cristo
Sexta - Dt 32.1-47
O último cântico de Moisés
Sábado - Dt 34.1-5
Moisés vê a Terra Prometida e morre
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 34.10-12; Hebreus 11.23-29.Deuteronômio 3410 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face;11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra;12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.
Hebreus 1123 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei.24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó,25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado;26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa.27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível.28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse.29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
- Conhecer a respeito dos últimos dias da vida de Moisés;
- Explicar as características de Moisés como homem de Deus e pastor de Israel, e
- Aprender à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a piedade e a prudência.
Legado: O que é transmitido às gerações que se seguem.
Moisés nasceu quando Israel estava cativo no Egito, durante os terríveis dias em que Faraó ordenou que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx 1.15,16). Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de “servo de Deus”, pois “foi fiel em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de Cristo. [Comentário: Moisés foi, sem dúvida alguma, uma das maiores personalidades e um dos maiores heróis da fé de todos os tempos. O seu legado não ficou restrito ao povo de Israel, mas foi estendido à humanidade como um todo e à Igreja até os dias de hoje. Nesta última lição, o comentarista apresenta alguns pontos desse legado, aspectos especiais e inspiradores da vida e da obra de Moisés, e sua importância para os crentes em Cristo de todos os tempos. O Dicionário Aurélio da língua portuguesa define legado como: “dádiva deixada em testamento, aquilo que alguém transmite a outrem ou a posteridade” também pode ser do Latim “legatu” que significa: “embaixador, enviado” (FERREIRA, 2004, p. 1190). Podemos ainda dizer que um legado pode ser constituído por alguma coisa imaterial, ou seja, uma herança cultural, linguística, intelectual. Este grande líder deixou uma espantosa coletânea de escritos, que incluem poesia (Jó, Salmo 90), prosa literária com fundo histórico (Gênesis, Êxodo, Números), genealogias (Gênesis, capítulos 5, 11, 19, 22, 25) e um notável código de leis chamado de Lei de Moisés (Êxodo, capítulos 20-40; Levítico; Números; Deuteronômio).]. Tenhamos todos uma excelente e abençoada aula!
I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS 1. As palavras de despedida. O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis.No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele “fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar apenas em Deus”. [Comentário: “Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho; como chuvisco sobre a selva” (32.1-47). Encontramos nesse poema o autêntico espírito profético. Implícita em cada página dos escritos proféticos, acha-se a convicção de que um ser humano não pode afundar tanto que a Palavra de Deus não seja capaz de alcançá-lo. A doutrina ou “ensino” -como apresenta as versões NTLH e NVI - do concerto tem o efeito que a chuva faz na vegetação, porque é a palavra de Deus. Deve ser recebida neste princípio vital. O termo doutrina (hb. leqah) é usado somente na literatura sapiencial, como, por exemplo, em Provérbios 1.5; 4.2; Jó 11.4 e Isaías 29.24.]
2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra. Moisés era um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6). [Comentário: Compreendemos que a alegria aqui mencionada é dada por DEUS, como recompensa aos piedosos que a merecem por terem observado a lei. Presume-se que o guardador da lei seja um homem espiritual, inspirado pelo Espírito a ser bom e a praticar o bem. O hebraico diz aqui, literalmente, ‘’oh, felicidade de” ou, simplesmente, “feliz”. O justo tem tanto alegria interior como felicidade exterior.]
3. Moisés vê a Terra Prometida e morre. Antes de morrer, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em tudo. Por ocasião de sua morte, por ordem de Deus, Moisés sobe até o monte Nebo e dali avista toda a Terra Prometida. Porém, não tem permissão para entrar nela. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8). [Comentário: A Bíblia diz que quando Moisés faleceu, ele estava com 120 anos, que era uma idade já bem longeva para os padrões da época, conforme depoimento do próprio Moisés (SI 90.10). Não obstante, “os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7). Estão envolvidas aqui duas tradições acerca do lugar onde Moisés teria morrido: O Monte Nebo, na Transjordânia, a leste da cidade de Jericó; e o Monte Pisga, um pico que existe na mesma serra montanhosa, ligeiramente para oeste. Daquela grande altura, Moisés olhou para o norte, na direção do Mar da Galiléia (área que ficou com as tribos de Dã e Naftali); para o ocidente, na direção do Mar Grande (ou Mediterrâneo); para o sul, na direção do Neguebe (deserto sul de Judá); e na direção do vale do rio Jordão, até Zoar (localizada no extremo sul do Mar Morto (ver Gn 14.2). Yahweh sepultou secretamente o corpo de Moisés (Cf. Nm 27.18- 23). Quanto ao parecer de que Moisés foi o maior de todos os profetas de Israel, conferir Dt 18.15-22; Nm 12.6-8; Os 12.13″ (Oxford Annotated Bibleo). “Então subiu Moisés das campinas de Moabe” (Dt 34.1). Era nessa planície que o povo de Israel estava acampado, preparado para invadir a terra de Canaã. A narrativa, abandonada no fim do livro de Números, reinicia-se aqui, uma vez terminados os discursos deuteronômios (que constituem essencialmente o livro) de Moisés (Ver Nm 36.13), último versículo do livro de Números, onde lemos que o povo de Israel estava nas campinas de Moabe. Isso posto, Moisés deixou o acampamento e partiu na direção do Monte (Nebo ou Pisga), que dava de frente para a cidade de Jericó. Todos os nomes próprios que aparecem neste versículo são anotados no Dicionário. É óbvio que os dois montes ou picos mencionados não são um só; mas os intérpretes, a fim de evitar a ideia de discrepância, ou a fim de evitar afirmar que o editor incluiu duas tradições diversas em seu livro, deram a entender que Pisga deve ter sido um pico da serra que se estendia desde o Monte Nebo, de tal modo que o local podia ser chamado Nebo ou Pisga. Fosse como fosse, daquele elevado pico, Yahweh mostrou a Moisés toda a Terra Prometida, apontando-lhe trechos, em diversas direções. A narrativa começa dizendo que Moisés olhou na direção oeste, para então, acompanhando um movimento anti-horário, mencionar áreas em cada uma das outras direções do compasso, ou seja, norte, oeste e sul. Dt 34.4 Esta é a terra. Em outras palavras, toda a Palestina, o território que Yahweh havia prometido dar a Abraão e aos demais patriarcas, Isaque e Jacó, e que agora era entregue aos descendentes deles. Essa era uma das provisões do Pacto Abraâmico (Gn 15.18). Moisés Pôde Contemplar a Terra, Mas Não Pôde Entrar Nela. Isso por ser ele o símbolo da lei, ao passo que Josué, que liderou os hebreus na invasão da Terra Prometida, foi símbolo de Jesus e do sistema da graça-fé, do Novo Testamento. Quanto às razões pelas quais Moisés não teve permissão de entrar na Terra Prometida ver Nm 20.12; Dt 1.37; 3.23,26 e 4.21. A Terra Prometida havia sido assegurada a Abraão (Gên. 15.18), a Isaque (Gên. 26.3), a Jacó (Gên. 28.13) e, daí por diante, ao povo hebreu. Por ocasião de sua morte, Moisés estava com cento e vinte anos de idade. Ver Deu. 31.2 e 34.7. Ele passou por três períodos distintos de quarenta anos cada: missão especial: quarenta anos no Egito; quarenta anos no interior do deserto, em Mídiã; e quarenta anos em perambulações pelo deserto, junto com o povo de Israel. A morte de Moisés não ocorreu por motivo de idade avançada, enfermidade ou acidente, e, sim, de acordo com a palavra que fora dita pelo Senhor, fazendo com que a alma de Moisés saísse de seu corpo e deixasse o corpo físico a fim de ser sepultado. Seja como for, o fato é que a morte de Moisés ocorreu de acordo com a vontade de Deus, sendo que o momento, o lugar e as circunstâncias haviam sido todos determinados por Deus. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 890-891.
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