O Relatório da Perseguição aos Cristãos, lançado esta semana pelo Catholic Secular Forum
(CSF), baseado em Mumbai, na Índia, afirma que cerca de 300 líderes
cristãos foram alvejados em incidentes de violência em todo o país no
ano passado.
Os autores da pesquisa são críticos acerca do que eles veem como um
balanço entre o conservadorismo e o fundamentalismo na Índia, um país de
maioria hindu que é, contudo, bastante diversificado.
Em outubro, fundamentalistas hindus atacaram doze aldeias cristãs no
estado de Chhattisgarh. No início do ano, 50 aldeias no mesmo distrito
aprovaram resoluções que proíbem cerimônias religiosas não hindus. Estes
problemas alarmantes levaram os autores do relatório a rotular
Chhattisgarh como o pior lugar da Índia para os cristãos viverem.
“Há uma campanha de ódio acontecendo contra as minorias do país," afirmou Michael Saldanha, da CSF à UCA News.
Saldanha disse que o governo deve garantir que os cristãos na Índia
estejam a salvo de ataques e perseguições. Em vez disso, diz o
relatório, a perseguição muitas vezes não é registrada porque as vítimas
têm medo de denunciar e sofrer retaliações.
Samuel Jaykumar, do Conselho Nacional de Igrejas na Índia, disse que a
letargia do governo na investigação de alegações de perseguição é um
problema que persiste há anos. "Incidentes de perseguição trazidos à
tona são perturbadores, mas nós temos que enfrentar a realidade de que
esta tendência vai continuar devido à inação do governo contra os
agressores", disse ele à UCA News. E acrescentou: "Os cristãos no país vivem com uma sensação de medo desde que o partido BJP assumiu o governo”.
O relatório da CSF apelou ao primeiro-ministro Narendra Modi para
tomar medidas firmes contra o fundamentalismo e para prevenir atos de
perseguição contra a comunidade cristã. No entanto, Modi é visto por
muitas minorias religiosas como um nacionalista hindu que ficou em
silêncio sobre a questão desde que tomou posse no ano passado.
Portas Aberta
sábado, 24 de janeiro de 2015
Missões amor e sacrificio
Sete mil cristãos sofreram com a perseguição na Índia em 2014.
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