Nesta semana vamos refletir sobre um assunto delicado e que diz respeito à fé de muitas pessoas, cerca de mais da metade dos religiosos do Brasil, que é o culto àquela que foi o canal da manifestação do Rei dos reis e SENHOR dos senhores, Jesus de Nazaré. Uma jovem agraciada e de vida consagrada a Deus, oriunda de Nazaré, na Palestina, chamada Maria. O grupo religioso que mais tem adeptos no Brasil a intitula "a virgem santíssima", e, com todo respeito aos que assim creem, vamos abordar com certa profundidade nas Escrituras pelo Espírito Santo, o tema que nos propomos.
Apesar de não ser assim intitulado atualmente pelo grupo religioso já citado, o culto à “Virgem Maria” é ministrado nos templos e lares dos seus adeptos, publicamente, individualmente, enfim, apesar de negarem, é uma realidade. Um brasileiro de eminência, Fernando Ferrari, que foi candidato à vice-presidente da República do Brasil na eleição presidencial de 1960, era membro da “Associação Religiosa do Culto da Virgem Maria”. Prova que o culto à “Virgem Maria” existiu (e existe. Ver referências bibliográficas). É preciso pontuar algumas verdades sobre o culto à “Virgem Maria”.
(1) Segundo o dicionário Aurélio (2000), culto é “adoração ou homenagem à divindade em qualquer de suas formas e em qualquer religião; modo de exteriorizar o culto; ritual; veneração, preito.”
O grupo religioso não admite que cultue a Maria em sua liturgia, e sim, que a venera, como a mãe do Salvador Jesus, e como “intercessora” dos fieis vivos e defuntos. É bem verdade que venerar é sinônimo, ou seja, igual a adorar, e, sendo assim, a doutrina desta religião adotou como dogma a adoração àquela que chamam “Virgem ‘Santíssima’”. Em Êx 20:3 Deus deixou bem claro que não se deve ter outros deuses diante dEle. É bem verdade que Maria não é nenhuma deusa, e isso até é confirmado pelos líderes desta religião, mas, se ela é venerada (adorada), ela passa a ser “endeusada” pelos que assim procedem, cometendo assim, pecado de idolatria, ou seja, venerando ídolos, isto é, pessoas a quem se atribui poderes, mesmo que assim o façam por não conhecerem a Palavra de Deus.
(2) 1Jo 5:7 diz que ”três são os que testificam no céu: o Pai,a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um.” E em 1Jo 2:1’b’ diz que ”e se alguém pecar temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo.”. Nessas palavras, o Apóstolo do Amor, João, deixou bem claro que a Santíssima Trindade é composta, logicamente, por três pessoas: Deus Pai, Jesus Cristo e o Divino Espírito Santo; também deixou nítido que quem intercede pelos crentes é o Senhor Jesus, que está sentado à direita do Pai (ver também Mc 16:19; At 7:55, 56). Sendo assim, não existe cabimento de admitirmos que Maria interceda por quem quer que seja, pois o Senhor Jesus veio em carne (Jo 1:1) para passar pelas mesmas limitações que nós para que intercedesse por nós ao Pai, e não Maria. É bem verdade que Maria quis se tornar intercessora nas bodas em Caná, quando acabou o vinho dos anfitriões e ela foi avisar ao Senhor, mas o Senhor Jesus a ensinou que a intercessão dela era (e é) desnecessária, pois esse é o ofício dEle; e ela, reconhecendo seu erro, disse aos empregados: “fazei tudo quanto Ele vos disser.” (cf. Jo 2:1-5). Portanto, amados irmãos, até Maria, mesmo sendo uma pessoa de relevância e de respeito, apesar de morta, por ser o canal da manifestação do Deus Filho ao mundo, reconheceu que não é intercessora.
(3) O texto Bíblico deixa claro que a permanência virginal de Maria não tem fundamento. É até ilógico o fato de Maria ter permanecido virgem até depois de casada. Pelo fato de Maria ter concebido do Espírito Santo antes de conhecer varão, ou seja, antes de ter a primeira relação sexual (Mt 1:18; Lc 1:26-38. Ver também Is 7:14), quem rompeu o hímen dela foi o Menino Jesus no momento do nascimento, tendo em vista que o hímen situa-se no início do canal vaginal; quando o Senhor nasceu, o hímen de Maria, sua mãe, foi rompido, mas não através do sexo. Antes de José vir a falecer ainda na infância de Jesus, ele gerou filhos em Maria. O registro da morte de José se encontra no livro apócrifo chamado “Apocalipse de Tiago”, e diz que, antes de se casar com Maria, já tinha filhos se outro casamento anterior, o que é uma heresia, visto que a Palavra do SENHOR diz que o Senhor Jesus foi o primogênito (Lc 2:6,7). Bem sabemos que os livros apócrifos (ou livros não-canônicos) não são 100% heréticos, tendo como prova disso o livro de Enoque, que é apócrifo, porém, na Epístola de Judas, que é canônica, ele faz menção de profecias de Enoque, levando-nos a crer que essas profecias são verdadeiras (Jd 14-16). Não se comprova, assim, que o “Apocalipse de Tiago” não seja apócrifo (isto é, que seja verdadeiro), muito menos que José tenha realmente tido filhos de esposa(s) anterior(es) a Maria, a mãe do Salvador Jesus, mas, mesmo que José tivesse tido filhos de outro(s) casamento(s), não endossa o dogma da permanência virginal de Maria, afinal de contas, eles eram casados, e tinham direito de fazer carinho um ao outro, dividirem ao contas da casa, como também seus problemas e suas felicidades, se verem despidos, manterem relações sexuais, enfim, se amarem e terem intimidades de um casal normal que eram (ver Gn 2:24; Ct 2:6; 4:1-5, 11; 5:2-6, 15; 6:3, 7; 7:2, 6-8, 13; 8:7, 10; Lv 15:16-18; Ml 2:14). Depois de o Senhor Jesus ter ensinado ao povo, contando-os algumas parábolas, a multidão ficou maravilhada, pois sabiam que Jesus não tinha condições financeiras de estudar a ponto de discursar tão eloquentemente, pois sabia que seu pai adotivo era José, o carpinteiro, marido de Maria, pais de Tiago, José, Simão e Judas, além de filhas (Mt 13:53-56). Isto implica no fato de que o Senhor Jesus foi o primogênito segundo o costume, e que depois do seu nascimento, Maria e José, cobertos de razão, tiveram filhoS e filhaS. José era homem justo (Mt 1:19), mas tinha todo direito de conhecer Maria, sua esposa, ou seja, deitar-se com ela e ter relações sexuais como um casal comum.
Há muitos séculos o citado grupo religioso instruía seus fieis acerca do sexo como sendo o pecado original, afirmavam que o aparelho sexual era uma região do corpo que era suja e imoral, que o casados jamais deveria se vir despidos, mesmo sendo o casamento chamado pelos seus líderes de “sacramento”, ou seja, uma fase da vida que foi instituída por Deus. A ideologia da permanência virginal de Maria mesmo após o casamento parte do pré-suposto que o sexo é algo sujo, vil, feio, horrendo, imundo, pecaminoso ...
Maria, sendo uma mulher que foi santa e temente a Deus em toda sua vida, não deixaria de ser santa se tivesse relações sexuais com seu marido, pois o sexo é a forma de perpetuar uma determinada espécie que o próprio Deus instituiu, visto que foi ele que tomou o barro e fez Adão (Gn 1:27-28a), inclusive seu aparelho sexual, também o de Eva. É bem verdade que é através do ato sexual que as espécies se multiplicam. Depois do dilúvio, Deus abençoou a Noé e seus filhos dizendo: “frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.”(Gn 9:1). Isso significa que Deus estava subliminarmente dizendo a Noé e seus filhos que o sexo é uma bênção (logicamente quando praticado por homem e mulher, e estes, casados) que, através dele, a espécie humana seria perpetuada e povoaria a terra.
O detalhe que deve ser ressaltado é que Maria não morreu virgem, pois ela teve filhoS e filhaS com seu marido José, e isso não quer dizer que ela deixou de ser santa, pois o sexo, quando praticado por um homem e sua esposa, NÃO É PECADO. E mesmo ela sendo santa, ela não é digna de ser adorada, venerada, cultuada, e sim, merece ser respeitada, e seus exemplos de santidade e fidelidade a Deus e à Sua Palavra, imitados.
Esse equívoco doutrinário foi instituído por falta de conhecimento das Escrituras Sagradas, a Palavra de Deus, mas, está escrito acima o remédio para o tal.
Amados irmãos e irmãs, que Deus abençoe a todos e que todos nós possamos continuar nos firmando cada vez mais em Deus através da Sua Palavra que nos mostra que Sua vontade para nossas vidas é boa, agradável e perfeita (Rm 12.2).
“O meu povo foi destruído, porque lhe faltou conhecimento;” (Oseias 4:6a)
“Examinais as Escrituras, porque cuidais vós ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam.” (João 5:39)
“[...] Crê no Senhor Jesus, e serás salvo, [...]” (Atos 16:31)
Amém.
por Valney Rodrigues
Colunista - Geração Jovem
0 comentários:
Postar um comentário