quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Silas Malafaia diz que predestinação à salvação é um “absurdo teológico”.

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Uma vez salvos, sempre salvos? É possível perder a salvação? A pessoa já nasce predestinada a ser salva? Perguntas como essa são respondidas das formas mais diferentes por pastores e teólogos.
Há duas principais frentes de pensamento, o calvinismo, baseado nos estudos de João Calvino, que acredita que os eleitos não perdem a salvação e o arminianismo, estudo de Jacobus Arminius, que prega a ideia de que o homem pode resistir a salvação.
Em um artigo postado no site Verdade Gospel, o pastor Silas Malafaia refuta a ideia de que Deus já escolheu quem será salvo.
“É claro que Deus, sendo onisciente, sabe de todas as coisas, inclusive quem será salvo e quem não será. Mas isso não significa que Ele tenha predestinado uns para o céu e outros para o inferno”, escreveu Malafaia.
Como assembleiano, Silas Malafaia segue a linha de pensamento arminiana e entende que a pessoa será responsabilizada por seus atos e escolhas, o que pode interferir em sua salvação.
“Se não fosse assim, a promessa de salvação não seria condicional: aquele que perseverar até ao fim será salvo (Mateus 10.22; 24.13). Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Apocalipse 2.10)”, diz.
Assim como ele, outros pastores refutam o pensamento da predestinação calvinista. “É impossível para mim conceber a ideia de que todos têm um destino predefinido antes mesmo de nascer e que o Senhor ame mais uns do que outros; e, por isso, tenha previamente determinado a salvação de uns e a condenação de outros”, diz Malafaia.

Existe certo e errado?

O debate teológico entre calvinistas e arminianos é antigo, as linhas de pensamento são baseadas em estudos com referências bíblicas.
Mas não é possível dizer qual delas é certa. O bispo Walter McAlister, da Igreja Cristã Nova Vida, já gravou um vídeo falando sobre o caso e pedindo cuidado na defesa dessas ideias.
“Temos que ter cuidado com essas categorias porque elas representam escolas de pensamento e leituras bíblicas que não se resumem em uma frasezinha aqui ou ali”, disse ele.
A posição que você tomar diante desses pensamentos precisa ser analisada e estudada. “Essa questão precisa ser resolvida uma por uma, você não pode pegar carona com alguém e dizer ‘eu sou calvinista porque o Paul Walsher é calvinista’. Não faça isso, você tem que pensar bem sobre isso”, ensina.
“Muitas vezes você acaba criando uma caricatura de uma posição teológica, quando ela merece muito mais respeito do que isso. Afinal de contas, foi desenvolvida ao longo da vida de grandes heróis da fé e sustentada e defendida ao longo dos séculos, então qualquer posição que você tiver sobre como interpretar a bíblia, sua hermenêutica, precisa ser algo pensado. Mas nada substitui ler bons livros.”

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