O lançamento do seriado Believe, que conta a história de uma menina
com poderes paranormais, foi acompanhado por uma campanha de marketing
diferenciada na Inglaterra. Juntamente com o material promovendo a
produção americana, foi divulgada uma pesquisa bastante controversa.
O ponto central é: acreditar no sobrenatural é o mesmo que ter fé em
Deus? Mais da metade dos entrevistados afirmou que dão crédito ao
sobrenatural (ou superstição), enquanto apenas 49% diz acreditar em Deus
O fenômeno parece não ser exclusivo entre os britânicos. A pesquisa
indica que a maioria das pessoas é mais propensa a ter fé no
sobrenatural do que no Deus da Bíblia. Da mesma forma, mais pessoas
acreditam que têm poderes extraordinários, como um sexto sentido, do que
as que vão regularmente à igreja.
Realizado pelo Instituto One Poll, o estudo entrevistou 2.000
adultos. Foram feitas perguntas sobre suas crenças de maneira geral. O
resultado surpreendeu a muitos.
55% dizem que é possível ter fé no sobrenatural, e isso não inclui o Deus cristão;
33% considera-se supersticioso, evitando fazer ou dizer coisas que possam trazer “má sorte”, embora não saibam dizer por que;
29% acreditam que podem ver o futuro de alguma forma,
23% afirma ser capaz de usar a força da mente;
10% defende que os serem humanos têm poderes sobrenaturais.
Práticas como consultar o tarô ou procurar médiuns são amplamente
aceitas como uma maneira de exercer a espiritualidade. É curioso o fato
de a maioria dizer que “sabe” dessas coisas por que aprenderam sobre
isso na TV, em filmes ou com celebridades. Uma grande fatia da
programação nos últimos anos é dedicada a seriados que retratam
vampiros, lobisomens, bruxas, e seres sobrenaturais em geral.
Eles possuem um público cativo e programas como True Blood e
Supernatural alcançaram um sucesso expressivo entre os adolescentes. O
mesmo vale para sucessos da literatura como Harry Potter e Crepúsculo,
que ajudaram a criar um geração de autores dedicados a temas que
envolvem temas espirituais inseridos no cotidiano moderno.
Os números podem ser restritos aos ingleses, mas refletem o que
ocorre numa Europa cada vez mais “pós-cristã”. Ao mesmo tempo que apenas
8% dos seus habitantes afirma ir regularmente à igreja, a religião que
mais cresce no continente europeu é o islamismo.
Os índices decrescentes da fé em Deus não os impede de reafirmar sua
fé de outras maneiras, ou seja, vale a máxima “o importante é crer”.
O Dr. Giles Fraser, teólogo anglicano, afirmou ao jornal Daily Mail
que acha “divertido” ver que aqueles que rejeitam com mais fervor a
religião cristã muitas vezes são os seguidores mais ávidos de
superstições. “É certamente mais fácil acreditar nisso do que… pensar
que darão contas a um Deus”. Com informações Daily Mail.
segunda-feira, 31 de março de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário